Sequencia didática: Diferenças
Área de
formação humana: Leitura, relações sociais, linguagem visual.
Educadora: Paula
TEMPO PREVISTO: Aproximadamente dois meses.
Objetivo
Perceber-se e perceber o outro como diferente;
Respeitar as diferenças;
Desenvolver e potencializar a criatividade.
Justificativa
O/a professor/a
deve observar a turma em suas relações pensando nas seguintes questões: há
crianças que não conseguem interagir com o grupo? Há crianças que expressam
verbalmente sua dificuldade em aceitar o outro. Como se dão as interações nos
momentos de brincadeiras livres? Como são feitas as escolhas dos parceiros de
brincadeiras e de atividades em grupo? Todas essas e outras questões
possibilitam ao professor, perceber os preconceitos velados entre nossas
crianças.
Estratégias e recursos da aula
Primeiro Momento
Leve para a
sala de aula uma história para contar às crianças que contemple ou mencione
“diferenças”. No caso dessa aula a sugestão é a história “Menina Bonita do laço
de fita” da autora Ana Maria Machado.
A história pode ser contada com diferentes
estratégias: fantoches de uma boneca negra com as características da Menina
Bonita e com um coelhinho branco, apenas lendo o livro e mostrando as gravuras
ou de acordo com a criatividade do professor.
Segundo Momento
Faça uma rodinha e
converse com as crianças sobre a história. Levante algumas questões para que as
crianças possam pensar e verbalizar suas opiniões. Reler o trecho da história
“O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele já tinha
visto toda a vida! E pensava: _ Ah, quando eu casar quero ter uma filhinha
pretinha e linda que nem ela!”.
Questione as
crianças: O que é ser bonito? Como uma pessoa deve ser para ser bonita? Na
medida em que as crianças forem colocando suas opiniões ir enfatizando a
importância da diferença de cada um. Destacar para o grupo que o importante é
ser diferente, indagando: Já pensaram se todos nós fôssemos iguais?
Terceiro Momento
Aproveitar a
descoberta do coelho de que “a gente se parece sempre é com os pais, os tios,
os avós e até com os parentes tortos” e perguntar às crianças com quem elas
acham que se parecem. Para complementar essa discussão, pode-se enviar uma
atividade para casa em que as crianças perguntarão aos pais com quem eles acham
que elas se parecem. Assim com certeza aparecerão muitas respostas
interessantes: olho da avó, cabelo do pai, boca da mãe, etc. Os pais podem
enviar fotos de seus filhos junto com as pessoas com quem acham que o filho se
parece.
Assim que o
material chegar em sala o professor deve socializar as descobertas na rodinha
ajudando na verbalização das crianças com uma frase do tipo : minha mãe acha
que os meus olhos são do ... meu cabelo é parecido com ..., minha boca se
parece com ...
Quarto Momento
Proponha também outros registros da história para
que as crianças possam brincar:
1) Para estimular a
oralidade e expressão das crianças proponha que confeccionem dedoches para brincarem
de teatrinho: Modelo:
As crianças deverão
colorir os dedoches e depois você professor, recorta o espaço dos dedinhos. As
crianças poderão brincar com eles construindo os diálogos dos dois personagens.
2) Construir de
papel machê, ou de outros materiais (pano, garrafinhas, etc.) a
bonequinha – “menina bonita do laço de fita” Colocar roupas,
cabelos, olhos, boca, etc.
3) Fazer uma
exposição com os trabalhos das crianças
Avaliação
Professor, para
avaliar é importante se fazer perguntas do
tipo
- A criança passou a se
perceber como diferente em atitudes e relações com os colegas e com você?
- A criança trata os
colegas com respeito e valoriza as características que são diferentes das
suas próprias?
- A criança demonstrou
habilidades na expressão oral ao brincar com os dedoches?
- Participou de forma
criativa da construção de sua própria bonequinha?